Chegou à PGR um pedido para federalizar as investigações relativas ao assassinato do empresário Fábio Alves Escobar, ex-coordenador de campanha de Ronaldo Caiado morto em 2021.
O caso tramita na 1ª Vara Criminal de Anápolis, em Goiás, onde ocorreu o crime. Segundo o Ministério Público, o homicídio foi organizado por policiais militares a mando Carlos César Toledo, ex-presidente do diretório municipal do DEM (atual União Brasil). O MP também denunciou Jorge Caiado, primo do governador goiano, por suspeita de participar do assassinato, usando sua influência para aliciar os executores.
Beleza. Mas a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e dois parlamentares petistas querem que o caso seja apurado pela Polícia Federal, a exemplo da investigação do assassinato de Marielle Franco.
Os autores do pedido apontam suposta prevaricação e condescendência criminosa por parte de Ronaldo Caiado na morte de seu ex-aliado.
Segundo eles, o governador de Goiás foi alertado por Escobar, mas não tomou providências, o que levanta “fundadas suspeitas de consciente omissão”.
O documento destaca ainda que há suspeitas de uso da máquina pública para favorecimento pessoal e coação no curso do processo criminal.
Menciona ainda ataques do governador ao MP e ao Judiciário, acusando-os de atuação política, e cita supostas interferências e ameaças de retaliação a promoteres e desembargadores por parte do governador. Para os signatários, esses fatos configurariam crime de responsabilidade.
Diante disso, a ABJD, o deputado estadual Mauro Rubem e o vereador Fabrício Rosa pleiteiam que Paulo Gonet suscite perante o STJD o deslocamento da competência das ações penais relacionadas ao caso para a Justiça Federal. E querem que a PGR determine que a PF assuma as investigações.
O pedido foi encaminhado à assessoria de controle extrajudicial da PGR.