Mailza fala sobre religião, machismo e futura candidatura ao Governo:“Sou alvo de falsas rotulações”

Nas redes sociais, ela publicou o texto poucos dias após celebrar seu aniversário.

A vice-governadora Mailza Assis fez uma reflexão nas redes sociais nesta quinta-feira (12). O texto, intitulado “Rotulações e Fidelidade”, foi publicado poucos dias após seu aniversário.

Na mensagem, Mailza iniciou destacando como a política pode ser um campo propenso a rótulos. Ela afirmou que tem sido alvo de interpretações errôneas e falsas acusações, como uma suposta intolerância religiosa.

Mailza Assis/Foto: Felipe Freire/Secom

“Quem me conhece sabe que sou cristã, no entanto, isso de forma alguma significa que me oponha ou seja avessa a outras denominações ou crenças, respeito a todas as tradições religiosas. Acredito que, na busca por Deus, cada pessoa deve ter a liberdade de trilhar o caminho que sente ser o mais verdadeiro para si”,escreveu a vice-governadora.

Ela também abordou o estigma que carrega no cenário político, sendo frequentemente rotulada por ter uma “voz mansa”, o que é visto por alguns como falta de autoridade ou respeito. Mailza classificou esse tipo de visão como machismo.

“Sempre haverá alguém a dizer que uma mulher não tem poder de comando ou liderança. Sempre haverá alguém a confundir minha voz baixa com fragilidade. Sempre haverá alguém a rotular como sendo fácil de ser manipulada”.

Ao finalizar, Mailza refletiu sobre sua relação com o governador Gladson Cameli e comentou sobre a possibilidade de concorrer ao cargo de Governadora em 2026. “Se eu vier a assumir o governo estadual será no tempo certo, sem traumas. Por tudo, devo fidelidade ao governador. E sigamos evitando enganos e rotulações”.

Veja a nota na íntegra:

A política é um terreno muito fértil para rotulações. Basta um adversário usar de métodos ardilosos para colar um rótulo noutro e pronto. Você passará a ser conhecido pelo que, de fato, não é. Basta alguém apontar-lhe o dedo para dizer que você é isso ou aquilo, sem que, na verdade, você o seja.

Assim como muitos outros, também tenho sido alvo de falsas rotulações ou interpretações equivocadas. Quem me conhece sabe que sou cristã, no entanto, isso de forma alguma significa que me oponha ou seja avessa a outras denominações ou crenças, respeito a todas as tradições religiosas. Acredito que, na busca por Deus, cada pessoa deve ter a liberdade de trilhar o caminho que sente ser o mais verdadeiro para si.

No ambiente político, dizem até que tenho uma fala mansa demais e que, por isso, não imponho autoridade ou respeito.

No entanto, acredito que a firmeza está na coerência das ações, e não no tom de voz.
Como todas as mulheres, também sou vítima do machismo que ainda está muito entranhado na sociedade brasileira.

Sempre haverá gente desvirtuada a reduzir o importante papel da mulher em posição de comando.
Sempre haverá alguém a dizer que uma mulher não tem poder de comando ou liderança. Sempre haverá alguém a confundir minha voz baixa com fragilidade. Sempre haverá alguém a rotular como sendo fácil de ser manipulada.
Sou uma democrata. Não sou autoritária tampouco a dona da verdade absoluta e, por essa razão, gosto de ouvir opinões diferentes obre diversos assuntos. No entanto, quando a decisão compete a mim, ninguém me furtará essa responsabilidade.

No posto de vice-governadora do Acre, não ultrapasso a linha das minhas atribuições. Fui eleita para ajudar o governador Gladson Cameli e não para ser uma pedra de tropeço no caminho dele.

Se eu vier a assumir o governo estadual será no tempo certo, sem traumas. Por tudo, devo fidelidade ao governador. E sigamos evitando enganos e rotulações.

 

 

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