Projeto de Pedro Longo visa proibir uso de celulares durante as aulas nas escolas do Acre

De acordo com um levantamento da Folha de São Paulo, 14 capitais brasileiras já implementaram essa medida.

O deputado e vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Pedro Longo, apresentou nesta terça-feira (19) um projeto de lei que visa limitar o uso de celulares e dispositivos eletrônicos nas escolas públicas e privadas do estado.

Segundo Longo, os aparelhos devem ser utilizados apenas com objetivos pedagógicos, como o acesso a conteúdos educativos e plataformas de ensino.

Caso contrário, os alunos que decidirem levar seus dispositivos para a escola deverão deixá-los em locais adequados e inacessíveis durante o período de aula, conforme estabelecido no texto do projeto.

Deputado Pedro Longo/Foto: ContilNet

“O ambiente escolar deve ser marcado pelas interações presenciais, que são fundamentais para o aprendizado. Infelizmente, temos observado o impacto negativo dos dispositivos eletrônicos na relação entre alunos e professores. Essa é uma realidade que não podemos permitir que se perpetue. Embora as tecnologias sejam ferramentas valiosas para a educação, seu uso precisa ser bem orientado e restrito ao contexto escolar quando necessário”, explicou o deputado.

De acordo com o projeto, as instituições de ensino deverão adotar medidas para garantir o armazenamento seguro dos aparelhos.

A proposta já segue uma tendência observada em várias capitais do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Porto Alegre, entre outras, onde leis e portarias similares foram implementadas para restringir o uso de celulares nas escolas.

Estudo divulgado pela Folha de São Paulo revela que ao menos 14 capitais brasileiras já adotaram medidas semelhantes, reconhecendo a importância dessa abordagem para o ambiente educacional.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também afirmou que o governo federal está preparando uma proposta para tratar do tema em nível nacional.

“Além de beneficiar os educadores, a proposta também garante uma equiparação entre alunos das escolas públicas e privadas, já que as últimas – especialmente aquelas que oferecem um excelente serviço e se destacam pela qualidade do ensino – já adotam a medida”, concluiu.

Agora, o projeto de lei será analisado pelos deputados da Aleac. Caso seja aprovado, ele poderá ser sancionado pelo governo estadual.