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Golpe de Estado: Diante de recusa de comandantes, Bolsonaro convocou chefe de operações terrestres

A cronologia das tratativas para a deflagração de um golpe de estado no Brasil, descrita no relatório da Polícia Federal divulgado nesta tarde, demonstra que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou driblar a resistência dos comandantes do Exército e da Aeronáutica convocando à ação o general que chefiava o comando de Operações Terrestres, Estevam Theophilo, que aceitou a missão.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general do Exército Estevam Teophilo — Foto: Brenno Carvalho/O Globo e Alberto César Araújo/Aleam

De acordo com o relatório, Bolsonaro realizou uma reunião com os comandantes do Exército, Marinha e ao Ministro da Defesa no dia 7 de dezembro. Mas, como o comandante do Exército, general Freire Gomes, e o da Marinha, Carlos Alberto Baptista Junior, se recusaram, Bolsonaro pessoalmente resolveu tentar outra alternativa.

“Diante da recusa dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica em aderirem ao intento golpista, o então presidente Jair Bolsonaro, no dia 09 de dezembro de 2022, reuniu-se com o General Estevam Theophilo, comandante do Coter, que que aceitou executar as ações a cargo do Exército, caso o presidente Jair Bolsonaro assinasse o decreto”, diz o documento.

Estevam Theophilo é um dos indiciados pela PF pela trama golpista. A escolha de seu nome tinha a ver com o fato de que o Coter era um comando com tropas espalhadas pelo país e que poderiam ser mobilizadas com facilidade.

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