Na terça-feira (26), a Polícia Federal iniciou uma operação que resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços de servidores de três gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Entre os alvos estavam funcionários do gabinete da ministra Nancy Andrighi, responsável pelo relato do processo que investiga o governador Gladson Cameli, relacionado à Operação Ptolomeu.
As ações, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), fazem parte da Operação Sisamnes, que apura suspeitas de venda de sentenças judiciais. Um lobista, acusado de intermediar essas negociações ilegais, foi preso durante a operação.
Além do gabinete da ministra Nancy, os mandados também atingiram os gabinetes dos ministros Og Fernandes e Isabel Galotti. Importante destacar que os ministros não estão sendo investigados.
No total, foram expedidas 23 ordens de busca e apreensão, que foram executadas em endereços localizados nos estados de Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal.
O processo envolvendo Gladson Cameli
O governador do Acre, Gladson Cameli, tornou-se réu em maio deste ano após denúncia do Ministério Público Federal (MPF). A ministra Nancy Andrighi é a responsável pelo relato do processo.
Embora a denúncia tenha sido aceita, o colegiado do STJ optou por não afastar Cameli de seu cargo, considerando que os eventos investigados, ocorridos em 2019, não justificariam uma medida tão drástica. A ministra, no entanto, ressaltou que essa decisão não impede uma reavaliação do afastamento do governador, conforme o andamento dos outros inquéritos em curso no STJ.