Governo Lula suspende carros-pipa e deixa 275 mil pessoas sem água na Paraíba

Operação Carro-Pipa é considerada essencial para fornecer água potável a comunidades do semiárido brasileiro

A suspensão da Operação Carro-Pipa, que abastecia comunidades em 70 municípios da Paraíba, foi anunciada pelo Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército devido à falta de repasse de recursos financeiros pelo Governo Federal. A interrupção, que começa nesta segunda-feira (25), afetará cerca de 275 mil pessoas que dependem exclusivamente do serviço.

Por que a operação foi suspensa?

De acordo com o comunicado oficial, a paralisação foi motivada pela ausência de descentralização de recursos financeiros pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A Operação Carro-Pipa é considerada essencial para fornecer água potável a comunidades do semiárido brasileiro, que enfrentam problemas recorrentes de escassez.

No aviso, o Exército destacou:

“A partir do dia 25 de novembro, não haverá distribuição de água às comunidades dos municípios.”

Impactos para os municípios afetados

A medida atinge localidades do sertão e cariri paraibano, regiões historicamente marcadas pela seca. A suspensão ocorre em um momento de altas temperaturas, aumentando a vulnerabilidade de famílias que dependem exclusivamente desse serviço.

Segundo George Coelho, presidente da Famup, a decisão pode causar graves consequências:

“São mais de 275 mil pessoas sem acesso à água potável. É um colapso anunciado que exige uma solução urgente.”

Mobilização por soluções

Gestores municipais iniciaram uma mobilização junto a parlamentares para pressionar o Governo Federal e garantir o retorno do abastecimento. Gerônio Neto, da Defesa Civil de Junco do Seridó, afirmou que a situação é crítica:

“Estamos pedindo apoio de deputados e senadores para que intercedam rapidamente. Não podemos deixar milhares de pessoas sem água.”

Ação e expectativa

A suspensão da operação expõe a fragilidade das políticas públicas para o abastecimento de água em regiões semiáridas e intensifica a cobrança por uma resposta imediata do Governo Federal para evitar uma crise humanitária.

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