Em uma entrevista recente ao jornalista Astério Moreira, no programa *Gazeta Entrevista*, Patrícia Dossa, presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agrícola do Acre (ACISA), expressou sua oposição à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a carga horária de trabalho de 44 para 36 horas semanais, eliminando a escala 6X1. Ela acredita que a proposta pode gerar impactos negativos, especialmente em setores essenciais como o comércio.
Presidente da Acisa é contra fim da escala 6×1 e quer acabar com ‘tantos feriados’. Foto: Reprodução
Para Patrícia, o comércio seria o mais afetado pela implementação da PEC. Segundo ela, a redução da jornada de trabalho implicaria na necessidade de contratar mais funcionários para cobrir as horas extras, o que poderia aumentar os custos para os empresários. “Eu acho que o maior prejudicado vai ser o Comércio. Porque, se nós vamos dar mais folgas para os funcionários atuais, nós vamos ter que ter outros funcionários. Vai aumentar a oferta de emprego? Beleza, mas aí os empresários vão gastar mais”, afirmou.
A presidente da ACISA também demonstrou preocupação com a adesão dos deputados acreanos à proposta, considerando-a uma medida que pode, no futuro, se transformar em um grande problema. “A população acha ótimo que vai ter mais folgas, a saúde mental do trabalhador vai ficar muito melhor, mas vai dar problema. Não vai ser legal. Agora vão trabalhar menos, mas esse salário vai ter que ser diminuído também. Em algum lugar a bomba vai explodir depois”, comentou.
Patrícia também revelou que, durante a última eleição, a ACISA entregou propostas ao governo estadual sugerindo a redução do número de feriados estaduais e pontos facultativos. “Nós como associação comercial já entregamos para os candidatos a governo na última eleição propostas de melhoria para o comerciante, para o empresário e uma delas é que diminuísse esse monte de feriado estadual e ponto facultativo”, informou.
A presidente da ACISA segue preocupada com os efeitos da PEC e reafirma a necessidade de se discutir melhor as implicações dessa medida para a economia local.
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