Coletivo acreano TRZ Crew comemora conquistas e avanços da cena do Hip Hop no Acre

O grupo completa 21 anos de atuação em solo acreano

O Dia Mundial do Hip Hop é comemorado nesta terça-feira, 12 de novembro. A data faz alusão a Universal Zulu Nation, que foi fundada no ano de 1973, no bairro do Bronx na cidade de Nova York, que foi um ponto pacífico em meio aos conflitos de gangues que permeavam o gênero à época. No Acre, o precursor do movimento foi a TRZ Crew, que surgiu em 2003 e completa 21 anos em 2024, quando José Alberto da Silva Costa Junior realizou sua fundação. Mais conhecido como Jr. Trz, conta um pouco como foi fundar o movimento em solo acreano.

O grupo completa 21 anos em 2024/Foto: Cedida

“Com a fundação da TRZ Crew e com a ascensão dos nossos movimentos,  o grafite, o skate, a tatuagem, tudo começou a fluir e agora está fazendo 21 anos, hoje com nove membros, envolvendo vários elementos do Hip Hop”, explica ele.

Este ano o grupo foi convidado para fazer um mural no estádio Arena da Floresta, que será reinaugurado após reforma, com a participação do time do Flamengo.

O grupo conseguiu ainda gerar um impacto político dentro do estado, com quatro leis referentes ao movimento sendo sancionada ao longo dos anos, sendo a primeira delas a semana municipal do Hip Hop em 2013,Lei do Grafite em 2018,  a Lei estadual do Hip Hop em 2021 e a Lei do Rap em 2023.

Jr. TRZ fala também das dificuldades enfrentadas pelo movimento, que por fazer parte da contracultura, ainda existe algum tipo de resistência ao estilo de arte.

A TRZ Crew está fazendo uma arte especial para a reabertura do Arena da Floresta/Foto: Cedida

“Os desafios são diários, é uma cultura de resistência até hoje. Quanto mais as pessoas aceitarem e conhecerem, quanto mais conhecimento a gente passa, mais a sociedade abraça a nossa arte”, relata.

O precursor da TRZ Crew deixa ainda um convite às crianças, adolescentes e jovens que tiverem interesse em participar do movimento.

“É mais uma opção de lazer, de diversão, de cultura, de estilo de sobrevivência. O Hip Hop tem um leque de coisas, você pode dançar, você pode grafitar, você pode ser DJ, você pode cantar, você pode ser um MC, você pode ser um poeta, assim como  outras atividades, fotografia, comunicação audiovisual”, convida ele.

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