Pimenta: candidatos a prefeitos derrotados olham para 2026 na tentativa de reverter fracasso

Veja detalhes na coluna 'Pimenta no Reino', do jornalista Matheus Mello

As eleições municipais deste ano deixaram um recado claro para os derrotados nas disputas: é preciso recolher os cacos, analisar o cenário e identificar os erros que cometeram. Alguns dos candidatos a prefeitos derrotados, por exemplo, miram 2026 para tentar reverter o fracasso e conseguir voltar ao protagonismo político.

Marcus Alexandre (MDB), Maria Lucineia (PDT) e Jessica Sales (MDB)/Foto: Montagem

Na capital Rio Branco, maior colégio eleitoral do estado, o MDB ainda tem planos para Marcus Alexandre, que apesar de ter tido muitos votos, não conseguiu derrotar o prefeito Tião Bocalom – apoiado por vários parlamentares e pelo Governo do Estado -. Atualmente cedido ao gabinete do deputado Tanízio Sá na Aleac, Marcus poderá estar na lista dos candidatos a deputado federal do partido nas próximas eleições. O MDB, pela primeira vez em anos, não conseguiu eleger um parlamentar do Acre em Brasília. Reverter essa situação é prioridade e Marcus poderia encabeçar a lista dos candidatos.

Vale destacar ainda os outros dois derrotados. Jenilson Leite, do PSB, que ainda não sabe muito bem o que deverá fazer, mas certamente não ficará de fora da disputa em 2026 e Emerson Jarude, do NOVO, poderá aparecer como candidato a deputado federal.

No Juruá

O MDB também continua tendo a ex-deputada federal Jéssica Sales – derrotada em Cruzeiro do Sul nas eleições deste ano por menos de 1% dos votos – como trunfo. Ela já chegou a demonstrar que vai disputar um cargo em 2026. Nas redes sociais, logo após a derrota, ela fez uma enquete para ouvir dos seguidores qual cargo deve concorrer nas próximas eleições.

Nas opções, estava o Senado Federal, o Governo e a Câmara dos Deputados – cargo que ocupou anteriormente -.

Mas na verdade, Jéssica é sondada para ocupar uma das vagas do Senado Federal em uma chapa do MDB com o PSD, de Sérgio Petecão, caso o PT fique de fora da aliança.

Na mira da Aleac

Ainda sobre o MDB, a ex-prefeita Leila Galvão, que não conseguiu ser eleita para um 3º mandato em Brasiléia, deve disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2026. Ela já ocupou uma cadeira na Casa outras vezes pelo PT. Em 2022, quase conseguiu voltar ao parlamento, mas o MDB conseguiu eleger apenas 3 deputados – Antônia Sales, Tanízio Sá e Emerson Jarude.

Com Jarude fora do MDB, ela pode enxergar um caminho mais fácil para a Aleac em 2026.

Mais um!

Quem também pode tentar retornar a Aleac é o ex-deputado Cadmiel Bonfim, que perdeu a disputa pela Prefeitura de Feijó. Filiado ao União Brasil, ele ocupou uma cadeira na Casa de 2018 a 2022, mas não conseguiu se reeleger.

Outros derrotados em Feijó também podem estar na lista de candidatos a deputado estadual dos seus partidos em 2026: Cláudio Braga, do Progressistas e Francimar Fernandes, um dos mais antigos membros do PT no Acre.

Em Xapuri, o ex-deputado Antônio Pedro também vai tentar retornar a Aleac após perder a disputa pela prefeitura do município.

Amém!

A prefeita Lucineia, de Tarauacá, já se mobiliza para tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2026. O marido dela, o ex-deputado Jesus Sérgio também deve tentar retornar à Câmara dos Deputados, que não conseguiu se reeleger em 2022.

Os dois só vão precisar definir um novo partido para isso. O PDT – sigla que atualmente estão filiados – faz parte da base do governador Gladson Cameli e ambos não estão felizes com a decisão dele de ter lançado a candidatura de Rodrigo Damasceno, que saiu vitorioso no município.

Mais que certo

Apesar de ter perdido as eleições em Sena Madureira neste ano, o deputado estadual Gilberto Lira vai disputar a reeleição em 2026, e com grandes chances de sucesso. É um nome que agrada a população do estado e se mantém entre os parlamentares mais atuantes da Casa. Merece retornar nas próximas eleições.

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