Sindicato revela que seca extrema resultou em aumento dos preços de combustíveis no Acre

Agora, com os rios da Amazônia enfrentando estiagens recordes, o transporte precisa ser feito por terra, o que eleva os custos do frete.

Após o anúncio da Petrobras sobre um novo reajuste nos preços dos combustíveis nas refinarias, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Acre (Sindepac) organizou uma coletiva nesta segunda-feira (14) para esclarecer a situação dos preços nos postos do estado.

Presidente destacou a crise hídrica na Amazônia como principal responsável/Foto: Reprodução

O presidente do sindicato, Delano Lima e Silva, destacou a seca severa como o principal fator por trás dos constantes aumentos. Segundo ele, o transporte dos combustíveis para o Acre, que antes era feito via fluvial a partir de Manaus, agora precisa ser realizado por terra devido ao baixo nível dos rios amazônicos, o que eleva significativamente os custos de frete e, consequentemente, o preço para o consumidor final.

“Desde que começou essa crise hídrica, os rios baixaram na Amazônia, e isso tem dificultado o transporte fluvial até Rondônia. A maioria das distribuidoras está sendo obrigada a comprar de Paulínia, interior de São Paulo, e esse transporte terrestre aumenta consideravelmente o custo”, explicou.

Delano também comentou sobre a possibilidade de desabastecimento no Acre. “Mantivemos diálogo com as distribuidoras e asseguramos que não haverá falta de combustíveis no estado. O abastecimento está garantido com a chegada de combustíveis de Paulínia, embora isso implique em um aumento de preço”, afirmou.

O novo reajuste deve resultar em um aumento de 19 a 35 centavos na gasolina, enquanto o diesel pode ter um acréscimo médio de 25 centavos.

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