O que se sabe sobre o estado de Schumacher 11 anos após acidente

O piloto Michael Schumacher esquiava na França, quando caiu e bateu a cabeça em uma rocha, o que partiu seu capacete em dois

A lenda do automobilismo Michael Schumacher, heptacampeão da Fórmula 1, fez sua primeira aparição pública após 11, segundo o jornal alemão Bild, da Alemanha. Ele teria ido ao casamento de sua filha Gina-Maria, em Maiorca, na Espanha, no último final de semana.

O ex-piloto, porém, não foi fotografado, pois a área do evento era restrita e não permitia a entrada de celulares. Portanto, não houve registros do heptacampeão mundial, o que mantém sob mistério seu verdadeiro estado de saúde.

Desde seu grave acidente de esqui nos Alpes franceses, em dezembro de 2013, quando sofreu uma lesão severa na cabeça após bater em uma pedra, Schumacher não foi visto em público.

Mark Thompson/Getty Images

Schumacher esquiava em uma área proibida para ajudar outra pessoa que havia caído. O local era recheado de pedras. O esqui dele colidiu com uma delas, lançando-o a dez metros de distância. Ao cair, o ex-piloto bateu a cabeça em outra rocha, o que fez seu capacete se partir em dois.

Schumacher foi levado de helicóptero ao Hospital de Grenoble, onde passou por duas cirurgias e foi colocado em coma induzido, devido à gravidade do traumatismo craniano. Médicos locais acreditavam que ele poderia ter morrido devido à força do impacto. Sua condição era crítica, e desde as primeiras notícias, ficou claro que sua sobrevivência não era garantida.

Schumacher longe das câmeras

Em abril de 2014, os médicos começaram a retirar Schumacher do coma e ele mostrou sinais de consciência. Em junho do mesmo ano, ele foi transferido para o Hospital de Lausanne, na Suíça, e, cerca de três meses depois, levado para a residência de sua família. Sua empresária afirmou que sua situação ainda era bastante grave, mas que apresentava progresso.

A mansão de Schumacher, em Gland, na Suíça, foi equipada com os dispositivos médicos necessários para sua recuperação. Milhões de dólares foram investidos na instalação de equipamentos e na contratação de profissionais de saúde.

A família de Schumacher, que já pedia respeito pela privacidade dele em um momento de sofrimento, passou a não divulgar mais informações sobre o estado do ex-piloto. Sua esposa, Corinna, enfrentou um assédio antiético da imprensa durante sua internação em Grenoble, sendo constantemente abordada por câmeras e perguntas ao entrar e sair do hospital. Em casa, ela decidiu pôr fim a essa situação.

No final de 2014, Philippe Streiff, amigo pessoal de Schumacher, declarou à rádio francesa “Europe 1”, após uma visita, que ele apresentou “alguma melhora” desde sua saída do hospital, mas ainda estava paralisado em uma cadeira de rodas, com problemas de memória e fala.

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