O colunista Murillo de Aragão, colunista da Revista Veja, no artigo ‘Omissão e Incompetência’, fez várias críticas à maneira do Brasil conduzir a questão climática. Ele escreveu que o País em chamas expõe uma desarticulada gestão ambiental.
Em um trecho do artigo, Aragão cita o Acre como exemplo dessa inércia. Ele lembra que apesar do estado ser o local de nascimento da ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, ainda apresenta índices vergonhosos de saneamento básico.
“A política ambiental do Brasil, além de falha em sua execução, sofre de uma gestão errática e mal orientada. Está contaminada por um ambientalismo de gabinete que, por exemplo, nem sequer se importa com a questão do saneamento. Basta ver o Acre, estado da ministra Marina Silva, que apresenta índices vergonhosos de saneamento, com esgoto a céu aberto, contaminando rios e igarapés”.
No começo do ano, acreano Radamés Casseb, atual diretor-presidente de uma das maiores empresas de saneamento do segmento privado no país, presente em 49 cidades, de norte a sul do Brasil, a Aegea Saneamento, também deu uma declaração polêmica sobre o assunto. A fala foi feita ao site Valor Econômico.
A empresa chefiada por Casseb é considerada uma das responsáveis por resolver o problema após a regulamentação do marco regulatório, que obteve mudanças no governo Lula.
Na entrevista, ao abordar a privatização da paulista Sabesp, o CEO disse que o maior sonho dele é trazer a Agea para gerenciar o saneamento básico no Acre.
Casseb lembrou que no estado, apenas 11% da população tem acesso a saneamento e 48% a água tratada. O CEO declarou que o Acre ainda não consegue atrair grandes empresas.
“Infelizmente, o Acre, por ora, não tem planos de atrair a iniciativa privada”, lamentou.