O garimpo devastou 13.484 hectares em 15 Unidades de Conservação no Amazonas, Pará e Amapá, do início de 2023 a julho deste ano. Do total, 1.512 hectares (11%) estão em áreas de Proteção Integral e 11.972 (89%) ha em reservas de Uso Sustentável.
Feito com imagens de satélite e sobrevoos, o levantamento do Greenpeace Brasil mostra que as áreas protegidas mais degradadas pelo crime incluem Reservas Extrativistas, Florestas e Parques Nacionais.
O trabalho também identificou que os garimpeiros estão migrando do Pará ao Amazonas, com mais impactos já vistos ao longo dos rios Tapajós, Jamanxim, Anamã e Parauari.
Nessa rota, entre as mais detonadas pelo avanço rápido dos ilícitos estão o Parque Nacional dos Campos Amazônicos e a Estação Ecológica do Alto Maués, onde a mancha garimpada saltou mais de 420%, em quatro anos.
Os delitos são estimulados por fiscalização enfraquecida, afrouxamento de leis – sobretudo no governo Jair Bolsonaro – e aumento do valor do ouro.
Os resultados são destruição ambiental, violação de direitos indígenas e comunidades tradicionais, perdas econômicas por sonegação fiscal e não pagamento de impostos e reforço do crime organizado.
Parques e outros tipos de Unidades de Conservação federais, estaduais e municipais são criadas pelos governos para proteger a biodiversidade, recursos naturais e paisagens, inclusive para o turismo. Também são peças-chave para conter os efeitos da crise climática.