A polícia prendeu nesta terça-feira (17), Djavanderson de Oliveira Araújo, de 20 anos, ex-namorado acusado de atear fogo na acreana Juliana Valdivino, de 18 anos, em Paranatinga, interior do Mato Grosso. Ela teve 90% do corpo queimado.
A acreana segue internada em estado grave, entubada no Hospital Municipal de Cuiabá.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido no mesmo hospital, onde o acusado segue internado após o crime.
Ao site, o delegado Gabriel Conrado Souza, responsável pela investigação, afirmou que Djavanderson premeditou o crime com a intenção de matar Juliana, com quem teve um relacionamento de três anos.
Ainda segundo o delegado, o acusado comprou R$ 13 em álcool em um posto de combustíveis local antes de atrair Juliana para sua residência, no bairro Jardim Ipê. No local, ele lançou o líquido inflamável sobre a jovem e a incendiou. O agressor também se feriu durante o ato, e ambos foram levados ao Hospital Municipal de Cuiabá.
“Durante esses oito dias, a Polícia Civil aprofundou as investigações e conseguimos identificar o local onde esse indivíduo comprou o combustível necessário para causar esse incêndio. Nós ouvimos um frentista do posto, que reconheceu Djavanderson como o comprador do álcool. Ele [Djavanderson] se dirigiu até a residência, aliciou sua ex-companheira até o local e ateou fogo sobre ela. Além disso, ele também se feriu no processo. Hoje, a jovem se encontra gravemente ferida, com 90% do corpo queimado, entubada e correndo risco de vida”, relatou o delegado em um vídeo.
Mais sobre o caso
A mãe da jovem, Rosicléia Magalhães, que mora no Acre, destaca que a filha não estava feliz com o relacionamento, e que ela iria pedir uma medida protetiva contra Djavanderson. Na noite de fato, as duas teriam conversado por ligação, e Juliana teria contado de sua decisão, o que fez com que a mãe desconfie que o acusado tenha clonado o telefone da vítima.
“Eu falei pra ela entrar com a medida protetiva e vir embora. Mas ele deve ter clonado o telefone dela, viu as mensagens e atraiu ela até a casa, dizendo que tinha atropelado alguém, e pediu para ela ajudar ele. Antes ela já tinha me falado que os dois estavam separados há 3 meses, que tinha ido buscar as coisas dela que tinham ficado na casa e ele não queria deixar ela ir embora. Mas falei pra ele soltar ela se não ia dar problema, e ele deixou ela sair para o trabalho”, informa.
Ainda de acordo com Rosicléia, Juliana e Djavanderson se conheceram durante a escola, na cidade de Porto Acre. Ela não aprovava a relação, pois os pais do acusado teriam cometido crimes no Estado do Pará. Tempo depois, mandou a filha para morar com a irmã em Cuiabá, e depois de 8 meses soube que o acusado teria se mudado para Mato Grosso, engatando novamente o namoro.
Magalhães afirma que deseja que o caso seja bastante divulgado, pois teme que Djavanderson escape impune do crime, e voltei a ameaçar a vida da filha. “Queremos que ele seja preso. Ele não pode vencer tudo isso que ele fez com minha filha, fuja e viva em liberdade, porque não foi decretado ainda a prisão dele. Estamos em contato com a delegada da capital e mobilizando para que algo seja feito”, revelou.