Acreana de 17 anos tem 90% do corpo queimado em tentativa de feminicídio, em Mato Grosso

Segundo informações da Polícia Militar local, o acusado do crime é Djavanderson de Oliveira Araújo, de 20 anos, que teve 50% do corpo também queimado

A família da acreana Juliana Valdivino, acusa o ex-namorado da filha de ter ateado fogo e deixado ela com 90% do corpo queimado, na última segunda-feira, 9, em Paranatinga, no interior do Mato Grosso. O caso, que aconteceu a 250 quilômetros da capital Cuiabá, deixou a vítima de apenas 17 anos, internada em estado grave, entubada até a data desta publicação.

Juliana Valdivino teve 90% do corpo queimado. Foto: Reprodução

Segundo informações da Polícia Militar local, o acusado do crime é Djavanderson de Oliveira Araújo, de 20 anos, que teve 50% do corpo também queimado. Antes de ser atendida pela equipe de saúde, Juliana teria comentado o que aconteceu para o médico plantonista.

“Ela relatou que estava discutindo com o suspeito, e em determinado momento, ele jogou álcool nela e colocou fogo. O álcool veio a cair nele também, pegando fogo nos dois. O médico plantonista informou a guarnição que os dois teriam que ser transferidos para a cidade de Cuiabá, devido a gravidade dos ferimento. Com a situação, não foi possível a condução do suspeito”, destaca a PM de Paranatinga.

A mãe da jovem, Rosicléia Magalhães, que mora no Acre, destaca que a filha não estava feliz com o relacionamento, e que ela iria pedir uma medida protetiva contra Djavanderson. Na noite de fato, as duas teriam conversado por ligação, e Juliana teria contado de sua decisão, o que fez com que a mãe desconfie que o acusado tenha clonado o telefone da vítima.

“Eu falei pra ela entrar com a medida protetiva e vir embora. Mas ele deve ter clonado o telefone dela, viu as mensagens e atraiu ela até a casa, dizendo que tinha atropelado alguém, e pediu para ela ajudar ele. Antes ela já tinha me falado que os dois estavam separados há 3 meses, que tinha ido buscar as coisas dela que tinham ficado na casa e ele não queria deixar ela ir embora. Mas falei pra ele soltar ela se não ia dar problema, e ele deixou ela sair para o trabalho”, informa.

Ainda de acordo com Rosicléia, Juliana e Djavanderson se conheceram durante a escola, na cidade de Porto Acre. Ela não aprovava a relação, pois os pais do acusado teriam cometido crimes no Estado do Pará. Tempo depois, mandou a filha para morar com a irmã em Cuiabá, e depois de 8 meses soube que o acusado teria se mudado para Mato Grosso, engatando novamente o namoro.

Magalhães afirma que deseja que o caso seja bastante divulgado, pois teme que Djavanderson escape impune do crime, e voltei a ameaçar a vida da filha. “Queremos que ele seja preso. Ele não pode vencer tudo isso que ele fez com minha filha, fuja e viva em liberdade, porque não foi decretado ainda a prisão dele. Estamos em contato com a delegada da capital e mobilizando para que algo seja feito”, revelou.

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