Microsoft demite mais 650 funcionários do setor de jogos — ao todo, área já cortou 2.550 postos

As novas demissões exibem a dificuldade da Microsoft em equilibrar o negócio desde a aquisição da Activision Blizzard

A Microsoft anunciou nesta quinta-feira, 12, a demissão de 650 funcionários da divisão de jogos, conforme um memorando enviado pelo chefe do Xbox, Phil Spencer. As funções afetadas estão concentradas principalmente em áreas corporativas e de suporte.

Phil Spencer: Chefe do Xbox, na Microsoft (I Hate Flash/CCXP23/Divulgação)

Phil Spencer: Chefe do Xbox, na Microsoft (I Hate Flash/CCXP23/Divulgação)

Spencer afirmou que as demissões fazem parte de uma estratégia para organizar o negócio com foco no “sucesso a longo prazo”, garantindo que nenhum jogo, dispositivo ou estúdio será fechado como consequência direta.

As novas demissões elevam o total de funcionários desligados da área de jogos da empresa para 2.550 desde a compra da Activision Blizzard por US$ 69 bilhões, concluída em 2023. Spencer ressaltou que os cortes estão ligados à reestruturação necessária após a aquisição.

Consolidação pós-aquisição

Segundo Spencer, a reorganização visa preparar a Microsoft Gaming para “um crescimento sustentável no futuro”, focando em alinhar melhor os recursos corporativos e de suporte às necessidades dos estúdios e outras unidades de negócio. “Essas mudanças permitirão uma melhor adaptação às prioridades da empresa”, completou.

Apesar das demissões, Spencer foi enfático ao afirmar que nenhum projeto importante será afetado. “Nenhum jogo, dispositivo ou experiência está sendo cancelado, e não estamos fechando estúdios”, reiterou.

As demissões ocorrem após outros 1.900 cortes feitos no setor de jogos da Microsoft no início deste ano. Como parte dessas medidas, a empresa já havia fechado o estúdio Tango Gameworks, criador de Hi-Fi Rush, e o estúdio Arkane Austin, responsável por Redfall.

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