A Apple sofreu uma dura derrota nesta terça-feira, 10, depois que o Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que a fabricante do iPhone deve pagar € 13 bilhões em impostos atrasados, anulando uma decisão anterior a favor da empresa norte-americana.
A decisão se refere a um caso de 2016, quando a chefe de concorrência da UE, Margrethe Vestager, disse que a Irlanda havia dado à empresa um acordo ilegal, totalizando uma taxa de imposto de menos de 1%.
O Tribunal de Justiça europeu disse na terça-feira que sua decisão “confirma o entendimento da Comissão Europeia de 2016: a Irlanda concedeu à Apple auxílio ilegal que o país é obrigada a recuperar“.
Um tribunal inferior anulou em 2020 a ordem da comissão e a decisão do tribunal de anular essa decisão foi inesperada.
O CEO da Apple, Tim Cook, já havia classificado a posição da Comissão como “uma porcaria política”. Na terça-feira, a empresa disse que a UE estava “tentando alterar retroativamente as regras e ignorar que, conforme exigido pela lei tributária internacional, nossa renda já estava sujeita a impostos nos EUA”.
O caso tem sido observado cuidadosamente em todo o bloco como um momento decisivo nos assuntos relacionadas às big techs na Europa.
Apple frustra expectativas ao lançar iPhone 16 com IA tímida
A indicação de que a Apple equiparia o novo iPhone 16 com inteligência artificial (IA), feita há três meses, gerou grande expectativa de que a companhia apresentaria algo significativamente novo depois de anos de pouca mudança em seu principal dispositivo. Toda aquela empolgação, no entanto, deu espaço à frustração na tarde desta segunda-feira, 9, quando a empresa apresentou o novo dispositivo em evento realizado em sua sede em Cupertino, na Califórnia.
As reações negativas no mercado começaram minutos antes de o CEO Tim Cook revelar ao mundo as novidades do novo iPhone e se aprofundaram durante seu discurso. Em pouco mais de 30 minutos, as ações da Apple caíram de US$ 220,72 para US$ 216,72, corroendo US$ 60 bilhões em valor de mercado.