Homem de 33 anos é morto a tiros por policiais militares

Em boletim de ocorrência, policiais militares dizem que o homem atirou contra a equipe e que eles teriam apenas reagido

São Paulo — Um homem de 33 anos, identificado como Adriano Carlos Gonçalves da Silva, foi morto a tiros por policiais militares na noite da última quinta-feira (29/8) no bairro Olaria, em Lorena, interior de São Paulo.

Segundo boletim de ocorrência obtido pela Vanguarda, os PMs disseram que a vítima atirou contra a equipe e que os agentes tinham apenas reagido aos disparos. Adriano morreu no local atingido no abdômen e no tórax.

O registro policial diz que a ação começou quando os agentes, que realizavam um patrulhamento no local, começaram a suspeitar de um homem que saía de casa com a mão na cintura. Eles alegaram que o suspeito voltou correndo para os fundos da casa ao perceber a presença da viatura.

Os PMs foram atrás do suspeito e perceberam dois homens correndo em direção a um terreno baldio.

“Os policiais, ao acessarem o terreno baldio, visualizaram o indivíduo que haviam visto primeiramente no portão, tendo tal indivíduo efetuado disparos na direção da equipe, sendo necessário o emprego de arma de fogo para repelir a injusta agressão”, relataram no boletim.

Com o homem baleado foi apreendido um revólver calibre 38 com numeração raspada. O outro suspeito envolvido na ação fugiu pelo mato.

Reprodução/ Street View

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte no local. A perícia também esteve no local e anotou que, além das perfurações no corpo da vítima, havia duas marcas de tiros no muro. As cápsulas ou projéteis desses possíveis disparos não foram localizadas.

Ao entrarem na casa onde o homem estava quando a ação começou, os policiais militares apreenderam tijolos e porções de maconha, cocaína, uma faca, três balanças de precisão, pinos vazios e sacos plásticos.

Também de acordo com site, o boletim de ocorrência aponta que a vítima tinha “diversos registros antecedentes criminais em que figura como autor de crimes de furto, roubo, ameaça, entre outros”.

À reportagem, o irmão da vítima disse que Adriano morreu inocentemente e que não devia nada. Além disso contou que ele estava arrumando uma televisão quando foi surpreendido e morto no quintal de casa pela polícia.

As armas utilizadas pelos policiais envolvidos na ação foram confiscadas. O caso está sob investigação da Delegacia de Lorena.

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