Na última segunda-feira (19), o Ministério da Justiça decidiu suspender uma licitação no valor de R$ 244,5 milhões destinada à aquisição de armamentos para a Força Nacional. A decisão gerou debates acalorados nas redes sociais.
De acordo com um comunicado oficial, a suspensão foi motivada pela necessidade de revisar o termo de referência, que é o documento que detalha as regras e especificações da licitação. Esta informação foi revelada pela CNN Brasil nesta segunda-feira (26).
O Ministério também anunciou que uma nova licitação será reaberta na terça-feira, 27 de agosto. A proposta inicial incluía a compra de dois tipos de armamento: 7.789 espingardas de calibre 12, com custo unitário de R$ 6.124,33, totalizando R$ 47.702.406,37, e 6.831 fuzis de calibre 7,62x51mm, com valor unitário de R$ 28.812,50, resultando em um gasto de R$ 196.818.187,50.
Camila Pintarelli, diretora do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), explicou à CNN que esses armamentos são fundamentais para combater o crime organizado e fortalecer as operações nas fronteiras, onde o confronto é mais intenso. O estado do Acre, que faz divisa com o Peru e a Bolívia, já manifestou interesse na aquisição dos fuzis, com previsão de compra de mais 6,7 mil unidades desse modelo.
Além do Acre, os estados do Pará, Tocantins e Roraima também expressaram interesse nos itens incluídos no edital. Pintarelli destacou que qualquer força de segurança pode solicitar esses equipamentos, desde que comprovem que a finalidade do armamento esteja alinhada com as necessidades da força solicitante.