O Ministério da Saúde emitiu um alerta destacando os perigos da febre oropouche para mulheres grávidas. De acordo com uma nota técnica recentemente divulgada, há um risco significativo de transmissão vertical do vírus da mãe para o bebê.
A preocupação surgiu após o Instituto Evandro Chagas detectar anticorpos do vírus em um feto abortado e em outros quatro casos de microcefalia.

O Acre representa 5,7% dos casos/Foto: Reprodução
Este cenário é particularmente alarmante no Acre, onde foram registrados 407 casos apenas em 2024, conforme o boletim da Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre) atualizado até 2 de julho.
Nível nacional, o Brasil contabilizou aproximadamente 7.044 casos até 6 de julho, com o Acre respondendo por cerca de 5,7% desse total, apesar de ter apenas cerca de 1,4% da população nacional.
A febre oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis e apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, muscular e articular, febre, tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
As recomendações para gestantes incluem evitar áreas com alta incidência de insetos, utilizar telas em portas e janelas, vestir roupas que cubram a maior parte do corpo, aplicar repelente nas áreas expostas, manter limpos os ambientes domésticos e eliminar folhas e frutos caídos no chão.
Caso haja casos confirmados na região, é essencial seguir as diretrizes das autoridades de saúde locais para reduzir o risco de transmissão.
Inicialmente restritos ao Norte do país, os casos agora também são registrados no Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
