A dinâmica é clara e inegável: quem vota em Marcus provavelmente votaria em Jenilson sem hesitação. Por outro lado, os eleitores do prefeito Tião Bocalom, candidato do bolsonarismo, jamais considerariam apoiar Jenilson. Como resultado, o atual prefeito é quem mais se beneficia com o racha entre Marcus e Jenilson.

Jenilson Leite/Foto: Assessoria
Uma possível solução para essa situação seria Marcus convidar oficialmente o PSB para indicar o vice em sua chapa no MDB. Jenilson já demonstrou estar aberto a essa possibilidade de ser vice do ex-prefeito.
Se Jenilson decidir lançar sua própria candidatura, é praticamente certo que Marfisa Galvão seja escolhida como vice na chapa de Marcus. O PSD, partido de Petecão, é a terceira maior legenda na coligação e é natural que indiquem alguém para o cargo. Além disso, o PT, embora seja o segundo maior partido na aliança, não demonstra interesse em ocupar a vice-presidência na chapa.
É um jogo político estratégico: com Marfisa como vice, Marcus provavelmente terá que aceitar a intervenção pessoal do senador Petecão em sua gestão, caso seja eleito.
O racha entre Marcus e Jenilson não é bem visto pelas lideranças nacionais do PSB e MDB. Ambos os partidos defendiam, em várias capitais, incluindo Rio Branco, uma frente ampla das siglas que compõem a base do presidente Lula. O PSB conta com o vice-presidente Geraldo Alckmin, enquanto o MDB possui vários ministérios e a ministra Simone Tebet, com excelente relação com o vice-presidente.
O racha entre PSB e MDB parece ter despertado o interesse da Executiva do PSDB. O partido está reconsiderando uma aliança com os emedebistas e a possibilidade de indicar um vice na chapa de Marcus. O nome de Vanda Milani é um dos mais cogitados, caso essa seja a direção tomada.
A entrada de Jenilson na disputa também prejudica o deputado Emerson Jarude, que pretendia se posicionar como a ‘terceira via’. Ele perderá essa narrativa e precisará adaptar sua estratégia.
A reitora do Instituto Federal do Acre, Rosana Cavalcante, não descarta a possibilidade de concorrer a um cargo político nas próximas eleições, previstas para 2026. Ela já recebeu convites de diversas lideranças partidárias.
Um dos principais defensores da candidatura de Rosana é o senador Sérgio Petecão, que tem o desejo de vê-la no PSD.
Por outro lado, Petecão e a deputada federal Antônia Lúcia, do Republicanos, são os únicos parlamentares do Acre que não estão na lista do Prêmio Congresso em Foco, que reconhece, por voto popular, os melhores parlamentares do país. O motivo? Deixo para os leitores opinarem!