Descubra qual mosquito transmite febre oropouche e como se proteger; Acre tem mais de 400 casos

No Acre, 422 casos já foram confirmados, levando em consideração a análise da Semana Epidemiológica (SE) 29

Os registros de novos casos de febre oropouche tem aumentado a cada semana no Acre, segundo o boletim semanal de arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Apesar de muito ouvir falar da doença nos últimos meses, muitas pessoas não sabem como é transmitida e nem por qual vetor. As arboviroses – tipo de doença que se encaixa a febre oropouche – são doenças causadas por vírus transmitidos principalmente por mosquitos.

Amazonas já apresenta o maior número de casos de febre do oropouche do país/Foto: Divulgação/Sesab

No Acre, 422 casos já foram confirmados, levando em consideração a análise da Semana Epidemiológica (SE) 29, com dados até 23 de julho deste ano. Em 15 dias, novos 7 casos foram detectados, segundo o boletim.

Mas qual é o mosquito que transmite a febre oropouche?

A febre oropouche é transmitida, principalmente, pelo Culicoides paraenses, mais conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Mas, apesar de ser o principal vetor, não maruim não é o único. Segundo a Revista Veja, em regiões urbanas, o Culex quinquefasciatus, o pernilongo visto comumente em residências, também é um dos vetores.

Como forma de prevenção, uma das medidas é evitar áreas onde há presença excessiva de maruins e mosquitos, além do uso de telas de malha fina em portas e janelas, bem como usar roupas que cubram a maior parte do corpo.

Para evitar os mosquitos, é comum a orientação para manter a casa limpa, incluindo o quintal e locais de criação de animais, além de recolher folhas e frutos que caem no solo. O uso do repelente também é recomendado.

Usar repelentes é uma das estratégias para evitar a picada do mosquito transmissor da febre oropouche/Foto: Getty Images

Nova linhagem

Um estudo realizado por pesquisadores de diversos locais do Brasil sugere que o surgimento de uma nova linhagem do vírus oropouche pode estar relacionado ao surto de febre oropouche na Amazônia, que acontece desde 2022.

De acordo com a pesquisa, mais de 300 análises genômicas em pacientes revelaram que o recente aumento de casos coincide com o surgimento de uma nova linhagem viral, que pode ter surgido no estado entre 2010 e 2014.

@2024 – Todos os direitos reservados. Hospedado e desenvolvido por RJ Sistemas