Na semana passada, a Justiça de São Paulo ordenou a busca e apreensão de 16 ônibus pertencentes à Rotran Auto Ônibus Linhas Rodoviárias LTDA, uma empresa vinculada à Ricco Transportes, responsável pelo transporte coletivo em Rio Branco, Acre.
Segundo o processo, a empresa sediada em Goiás contraiu um empréstimo de R$ 2.628.322,21 com o Banco Caruana, de São Paulo, para adquirir 16 ônibus Mercedes Benz, modelo Induscar Apache U, fabricados entre 2014 e 2016.
Frota da Ricco Transportes em Rio Branco, no Acre/Foto: Reprodução
A Rotran comprometeu-se a pagar o empréstimo em 54 parcelas, mas, de acordo com os advogados do banco paulista, deixou de efetuar os pagamentos desde fevereiro de 2024. Uma investigação revelou que os ônibus estavam em operação na frota de transporte público de Rio Branco.
Em resposta ao pedido de liminar do banco, o Juiz de Direito Danilo Mansano Barioni, da 38ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, enviou uma carta precatória à Comarca de Rio Branco para dar continuidade ao processo.
A juíza Bruna Barreto Perazzo Costa, da Justiça do Acre, argumentando o interesse público do caso, determinou que a Ricco apresente, em até 5 dias, as medidas tomadas para resolver amigavelmente a questão com o banco.
O caso gerou controvérsia na Câmara Municipal de Rio Branco. A líder da Oposição, vereadora Elzinha Mendonça (PP), apresentou um requerimento exigindo que a Ricco Transportes forneça a lista completa dos veículos utilizados no transporte da cidade.
Durante a votação, houve confusão e os próprios vereadores da base do prefeito Tião Bocalom acabaram votando a favor do requerimento por engano. O presidente da Casa, vereador Raimundo Nénem, precisou intervir para retomar a votação, que deve ser concluída ainda esta semana.
