Nos últimos anos, em razão da polarização nas disputas eleitorais, muitos eleitores definem seus votos levando em consideração os espectros políticos dos candidatos.

Bocalom, Marcus Alexandre, Alysson Bestene, Emerson Jarude e Jenilson Leite foram as figuras avaliadas/Foto: Reprodução
Na política contemporânea, esses espectros estão divididos nas ideias de direita, esquerda e centro, que servem como referências fundamentais para entender as diferentes abordagens e visões sobre como organizar a sociedade e o papel do governo.
Historicamente, o termo direita e esquerda surgiu na Revolução Francesa, refletindo justamente na posição das cadeiras onde os parlamentares se sentavam nas assembleias.
Em tese, os políticos de direita defendem valores conservadores e tradicionais. Além de promover o livre mercado, redução da intervenção estatal na economia. São pessoas que pregam e valorizam a família, religião e a pátria.
Já a esquerda, promete defender pautas focadas na igualdade social e econômica. Além de apoiar políticas que promovam maior intervenção do Estado na economia.
Políticos de esquerda resguardam a distribuição de renda mais equitativa, proteção social robusta, e políticas públicas que visem reduzir as desigualdades.
Socialmente, a esquerda costuma defender pautas progressistas, como direitos civis, inclusão social, e políticas de proteção ambiental.
O centro político defende a busca pelo equilíbrio dos dois espectros. Defendem a conciliação da liberdade econômica com preocupações sociais.
E como se encaixam os candidatos à Prefeitura de Rio Branco?
Até o momento, quatro pré-candidatos colocaram seus nomes à disposição da população na disputa pela Prefeitura da capital acreana: Tião Bocalom (PL), Marcus Alexandre (MDB), Jenilson Leite (PSB) e Emerson Jarude (NOVO).
Tião Bocalom
Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom/Foto: Matheus Mello/ContilNet
Disputando a reeleição pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o prefeito Tião Bocalom defende o conservadorismo e o liberalismo, pautas da direita.
Além disso, Bocalom terá no palco nomes e partidos de direita. A coligação dele, inclusive, foi chamada de a união da direita acreana, pelo senador Marcio Bittar.
Estarão na coligação da chapa Bocalom/Alyssom os seguintes partidos: PL (direita), Progressistas (direita), União Brasil (direita), Podemos (centro-direita), PSDB (centro-direita), Solidariedade (centro), Cidadania (centro), DC (direita). O único partido de diferente espectro político na chapa é o PDT, de centro-esquerda.
Marcus Alexandre
Marcus Alexandre, ex-prefeito de Rio Branco/Foto: Juan Diaz/ContilNet
Após anos no PT, partido de esquerda, o ex-prefeito Marcus Alexandre se filiou ao MDB e vai disputar um terceiro mandato pelo partido assumidamente de centro.
O MDB tem como característica o diálogo e a moderação, e a defesa da democracia como principal instrumento para o progresso da sociedade. Neste aspecto, a sigla é composta por integrantes que transitam da centro-esquerda à centro-direita.
Apesar de estar em um partido de centro, Marcus terá ao lado partidos totalmente de esquerda, como: PT, PCdoB, Psol e Rede.
Por outro lado, a chapa terá no palanque outros partidos de centro, como o PSD e o Agir.
A chapa Marcus/Marfisa terá apenas um partido de direita: o PRD, que surgiu da junção do PTB e do Patriota.
É a chapa mais plural entre as que se apresentaram até agora. O MDB, inclusive, chama a coligação de Frente Ampla.
Jenilson Leite
Jenilson é ex-deputado estadual/Foto: Reprodução
O único candidato legitimamente de esquerda é o ex-deputado Jenilson Leite, do PSB.
Até o momento, a pré-candidatura é analisada como chapa única, embora o partido tenha conversas com a Rede Sustentabilidade.
Emerson Jarude
Deputado afirmou que é a terceira via das eleições 2024/Foto: Matheus Mello/ContilNet
Quem também vai disputar a eleição com chapa única é o deputado Emerson Jarude, do NOVO.
O partido dele defende um estado simples, leve e eficiente, pautas do liberalismo e da direita.