O último relatório do Infogripe revela que dez capitais brasileiras estão observando um aumento nas Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG).
As cidades afetadas são Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Macapá (AP), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Dez estados tiveram alta e o Acre ficou de fora da lista/Foto: Agência Brasil
Apesar do aumento nas capitais, a situação estadual apresenta um prognóstico mais otimista, sem tendências significativas de crescimento.
Os estados que estão reportando aumento são Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo.
Apesar do crescimento das SRAGs, os números de Covid-19 permanecem baixos. Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, enfatiza a importância de não negligenciar essa questão.
“É crucial manter a vigilância, apesar da ausência de sinais claros de aumento da circulação do Covid tanto nacionalmente quanto nessas regiões. No entanto, o surgimento do vírus nas regiões Norte e Nordeste nos últimos tempos merece atenção especial nas próximas semanas. Hospitais e unidades de vigilância de síndromes gripais nessas áreas devem estar alertas para qualquer indício de aumento na circulação do vírus”, explica Portella.
Nas últimas quatro semanas, os casos registrados foram compostos por 47,2% de vírus sincicial respiratório, 22,6% de influenza A, 0,8% de influenza B e 6% de Sars-CoV-2/Covid-19.
No que se refere aos óbitos, a influenza A liderou com 47,1%, seguida por Sars-CoV-2/Covid-19 com 22,4%, vírus sincicial respiratório com 21,5% e influenza B com 0,3%.
Durante o ano epidemiológico de 2024, foram confirmados 40.649 casos positivos de vírus respiratórios, com 7.460 casos ainda aguardando resultado. Do total de casos confirmados, 20,6% foram de Sars-CoV-2/Covid-19.
Quanto aos óbitos, foram registrados 2.910 durante o ano de 2024, dos quais 59% foram atribuídos ao Sars-CoV-2/Covid-19.