Uma operação conjunta entre o Ministério Público Estadual (MP) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal resultou na apreensão de aproximadamente 3,8 mil quilos de carne na última quarta-feira (26), em uma empresa situada na rodovia estadual AC-40, na capital do estado, Rio Branco.
Ao todo foram apreendidos 3,8 mil quilos, o material que está nos comércios e escolas devem ser recolhidos/Foto: Reprodução
A ação contou com a participação da Vigilância Sanitária, além das polícias Civil e Militar, que encontraram peças de charque embaladas de forma irregular e outras armazenadas sem identificação adequada.
O gerente da empresa e o veterinário responsável pelo frigorífico foram detidos, pois foram encontradas práticas inadequadas, incluindo o uso de sal mineral animal no charque bovino, impróprio para consumo humano, além de condições de higiene insatisfatórias segundo os padrões da Vigilância Sanitária.
As carnes foram confiscadas e, seguindo as recomendações do Ministério Público, a Vigilância Sanitária realizará inspeções em supermercados e outros estabelecimentos suspeitos de comercializar produtos impróprios para consumo.
A investigação avançou após o Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do MP verificar que o endereço de fabricação indicado nos rótulos das carnes era falso. Estes produtos são destinados ao mercado local e à merenda escolar.
Em decorrência das denúncias, o MP identificou outra marca suspeita de comercializar produtos irregulares, e as investigações estão em curso.
Os materiais apreendidos foram descartados no aterro sanitário. Em entrevista ao site Notícias da Hora, o empresário Júnior Araújo, proprietário da empresa vistoriada, afirmou estar em conformidade com todas as obrigações regulatórias e manifestou surpresa com a utilização de sal mineral na produção das carnes.
