Os residentes e investidores que esperavam pela conclusão do condomínio na BR-364, bairro Floresta Sul, Rio Branco, enfrentam desapontamento devido a embargos e atrasos persistentes na obra.
O empreendimento Parkia Boulevard Residencial Clube Spa, conduzido pela Elite Engenharia Ltda, prometia ser um marco de modernidade e conforto, atraindo diversos interessados que compraram unidades na planta, alguns com pagamento integral.
Condomínio na BR-364, em Rio Branco, projetado pela Elite Engenharia para oferecer modernidade e conforto aos moradores/Foto: Reprodução
Inicialmente lançado em setembro de 2020 no Acre, o Parkia Boulevard Residencial Clube despertou entusiasmo no mercado imobiliário local, com rápida venda das unidades da primeira torre até janeiro de 2021.
No entanto, as expectativas dos compradores foram frustradas pela não conclusão nos prazos estipulados. Com a data de entrega adiada para novembro de 2023 e o empreendimento ainda inacabado, muitos enfrentam incertezas e recorreram à justiça em busca de compensação pelos atrasos e falta de transparência da construtora.
Os compradores, agora desiludidos, entraram com mais de 20 processos legais, alegando descumprimento contratual nos prazos de entrega e demora na restituição dos valores pagos, mesmo após os embargos que paralisaram a construção.
Embora a construtora cite condições como clima adverso, problemas de mão de obra e aquecimento do mercado como causas internas, tais fatores não a isentam da obrigação de cumprir os prazos acordados.
Os embargos enfrentados não devem ser justificativa válida perante os compradores e investidores que aguardam há tanto tempo pela conclusão das obras ou pela restituição dos valores.
Obras paralisadas do condomínio na BR-364, em Rio Branco, devido a embargos municipais e atrasos na entrega/Foto: Arquivo pessoal
O condomínio, que deveria ser um símbolo de qualidade e compromisso, agora é alvo de críticas e disputas judiciais, refletindo a insatisfação generalizada entre os clientes afetados.
A falta de transparência da construtora em relação ao retorno das obras e a ausência de soluções adequadas para compensar os danos financeiros e emocionais dos compradores só intensifica a situação.
O ContilNet tentou contatar alguns compradores, porém estes estão desgastados com as tentativas infrutíferas de resolução e optaram por não comentar sobre o assunto.
Alguns buscam compensação por danos morais, alegando que os atrasos prolongados resultaram em frustração e incerteza, afetando não apenas suas finanças, mas também seu bem-estar emocional.
Essa situação emocional evidencia o impacto significativo das obras inacabadas e estruturas abandonadas, além da falta de previsões claras sobre a retomada das obras ou resoluções satisfatórias por parte da empresa responsável.
A legislação prevê que, se a entrega do imóvel ultrapassar o prazo sem culpa do comprador, este pode rescindir o contrato, com direito à devolução integral dos valores pagos e multa estipulada em até 60 dias corridos.
A crítica situação financeira da Elite Engenharia Ltda, responsável pelo Parkia Boulevard Residencial, levanta dúvidas sobre sua capacidade de cumprir com suas obrigações contratuais.
Apesar de ter um capital social elevado, a empresa possui histórico de dívidas substanciais, comprometendo 98% das ações do empreendimento em protestos e dívidas que somam R$ 9.346.868,80.
Esta condição representa um risco para os interesses dos autores dos processos e demais credores envolvidos, conforme detalhado nos registros judiciais.
Enquanto isso, o local mostra cenas de obras inacabadas e estruturas abandonadas, resultado dos embargos municipais que interromperam o projeto.
As imagens não só contrastam o projeto original com a realidade atual, mas também ilustram o impacto negativo na comunidade local e nos investidores.
Veja fotos:
