O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que as forças de Moscou capturaram mais de 6 mil prisioneiros de guerra ucranianos desde o início do conflito em fevereiro de 2022.
Segundo ele, o número é significativamente maior do que o número de soldados e oficiais russos em cativeiro ucraniano.
Os números foram divulgados em uma reunião com representantes da mídia estrangeira e russa à margem do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo.
Putin disse que Kiev tem 1.348 russos em cativeiro, enquanto a Rússia fez 6.465 prisioneiros ucranianos. Ele se recusou a dizer quantos soldados russos foram mortos desde que ele ordenou a invasão da Ucrânia, há mais de dois anos.
Em resposta a uma pergunta sobre o número de baixas russas na guerra, o líder russo disse que nenhum dos lados estava fornecendo qualquer informação concreta, mas afirmou que a Ucrânia registrou perdas significativamente maiores.
Kiev diz que a Rússia perdeu mais de 500 mil soldados mortos e feridos durante o conflito e estimou as mortes ucranianas até fevereiro em 31 mil.
Ainda de acordo com o governo, em novembro de 2023 havia 4.337 ucranianos em cativeiro russo. A maioria era de militares, mas 763 eram civis.
No entanto, não há uma lista oficial com os nomes dos reféns e as autoridades ucranianas dependem de dados da Cruz Vermelha, que nem sempre consegue ter acesso aos locais ontem eles são mantidos na Rússia ou nos territórios ocupados.
Em fevereiro, o comissário do Parlamento ucraniano para os Direitos Humanos, Dmytro Lubinets, disse em entrevista à BBC que o número de reféns pode ser muito maior, com um número total de civis desaparecidos estimado em 25 mil.