Por outro lado, se o PT contasse com ex-prefeitos filiados ao partido, a disputa seria diferente. Em vários municípios, ex-petistas vão concorrer mais uma vez aos cargos, desta vez, por outros partidos.
O mais conhecido
O caso mais conhecido é do candidato do MDB, em Rio Branco, Marcus Alexandre. Eleito pelo PT em dois mandatos, ele deixou o partido em 2022 para disputar o cargo neste ano.
Mesmo com a saída do PT, Marcus ainda terá o apoio do partido do presidente Lula, que deverá estar no mesmo palanque do MDB.
Marcus Alexandre durante a vinda dos ministros Simone Tebet e Silvio Costa Filho/Foto: Juan Diaz/ContilNet
De volta
Em Porto Acre, o ex-prefeito Zé Maria, que ficou no cargo de 2009 a 2012, agora volta a disputar o cargo pelo Podemos. Ele ficou no PT durante anos, mas não conseguiu se reeleger para um segundo mandato nas eleições de 2012.
O ex-prefeito agora surge com uma candidatura apoiada pelo prefeito Mazinho Serafim e da deputada federal Meire Serafim, além do secretário de Esportes, Ney Amorim. Ele volta à política depois de 12 anos.
Zé Maria agora é filiado ao Podemos/Foto: Reprodução
Pela 3ª vez
Burica foi prefeito de Rodrigues Alves entre 2009 a 2016, ou seja, eleito e reeleito pelo PT. Agora no MDB, ele tenta voltar ao cargo pela 3ª vez. Ele é mais um caso da união MDB/PT, que apesar da saída do partido, vai seguir tendo o apoio dos petistas.
Ainda em Rodrigues Alves, o deputado federal Coronel Ulysses, do União Brasil, vai dividir palanque com o PT e com PCdoB. Ambas as lideranças partidárias decidiram apoiar a candidatura de Burica.
Burica vai disputar o cargo mais uma vez agora pelo MDB/Foto: Reprodução
Sem rusgas
Em Assis Brasil, Jerry Correia foi eleito pelo PT em 2020, mas acabou sendo expulso do partido por infidelidade partidária. Agora, ele vai disputar a reeleição pelo Progressistas, do governador Gladson Cameli.
O que mais chama a atenção é que apesar de ter sido expulso do PT, o prefeito vai ter o apoio do presidente do partido em Assis Brasil, Edmilson Lopes Pereira.
Inclusive, o vice-prefeito de Jerry é um dos petistas mais conhecidos do Acre, Reginaldo Martins, que continuará na chapa, no mesmo cargo.
É mais um exemplo de que esquerda e direita deixaram as rusgas de lado e focaram na defesa de um só propósito.
Ato de filiação do prefeito Jerry ao Progressistas/Foto: PP/AC
Na terra do abacaxi
Outro ex-prefeito ex-petista que vai disputar o cargo mais uma vez é o médico Rodrigo Damasceno, em Tarauacá. Desta vez, ele concorre ao cargo pelo Progressistas, do governador Gladson Cameli.
Rodrigo Damasceno durante lançamento da pré-campanha, em Tarauacá/Foto: Redes sociais
Notas do colunista
O que se nota em todos casos é a união MDB/PT, que deverá reinar nas chapas dos ex-petistas. Além disso, em vários casos, embora os candidatos não estejam mais filiados ao PT, eles devem continuar sendo apoiados pelo partido do presidente Lula.
Isso claramente é reflexo do quão o antipetismo ainda influencia nas disputas eleitorais no Acre, mesmo com o partido tendo conseguido dar uma leve erguida a nível nacional.
Os petistas acreanos ainda precisam de um tempo para voltar a ser uma potência política no estado.