Em audiência de custódia, a Justiça chegou a conceder liberdade a Florisvaldo dos Santos, 49 anos, envolvido no acidente que resultou na morte de uma mãe e filho.
A decisão judicial se baseou na avaliação de que não houve intenção de matar por parte do motorista do caminhão baú. De acordo com informações da polícia, Florisvaldo teria adormecido ao volante, resultando no trágico acidente.
Informações obtidas pela equipe de reportagem do ContilNet revelam um quadro complexo na vida do caminhoneiro. Florisvaldo estava em tratamento de saúde devido à perda recente de um filho especial.
A depressão agravou-se quando o segundo filho, também com necessidades especiais, perdeu um benefício do governo, que auxiliava no sustento da criança.
Mesmo utilizando remédios controlados para depressão, o motorista optou por ingerir bebidas alcoólicas na manhã do acidente, que ocorreu no trajeto de Rio Branco ao município de Brasileia, onde realizaria a entrega de uma carga de frangos.
O caso
Na manhã do sábado, 3 de abril, Florisvaldo Ribeiro dos Santos, de 49 anos, seguia o trajeto de Rio Branco ao município de Brasiléia, conduzindo um caminhão frigorífico carregado de frangos.
Já próximo à curva do Tucumã, o motorista teria invadido a contramão e atropelado mãe e filho, que aguardavam um coletivo na parada de ônibus. A violência do atropelamento foi tão grave que a criança de 8 anos morreu instantaneamente.
Já sua mãe, identificada como Natasha Caroline de Souza Gomes, de 25 anos, ficou em estado de saúde gravíssimo.


As vítimas não resistiram aos ferimentos e morreram/ Foto: Reprodução
Ainda muito abalado, o pai do pequeno Isaac disse que estava separado de Natasha há pouco tempo, e que estavam reatando o relacionamento.
Natasha teria ido buscar o filho para passar o resto das férias com ela, e no ponto de ônibus onde aguardavam o coletivo, o trágico acidente aconteceu.
Populares que passavam pelo local pararam para prestar socorro e, imediatamente, ligaram para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Duas ambulâncias foram enviadas para atender a ocorrência, uma de suporte básico e outra avançada. Assim que os socorristas chegaram nada mais podia ser feito pela criança, pois ela teve parte de seu corpo quebrado pelas rodas do caminhão.