Além de advogado, pecuarista e deputado estadual, Tezza foi ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, na categoria de ministros temporários, o chamado ministro classista, representando os empregadores, no período de 1995 a 1997. No Acre, no período de 1988 a 1989, durante a Assembleia Estadual Constituinte, foi o relator da Constituição Estadual atualmente em vigor.


Ele tinha 80 anos e seu corpo será cremado/Foto: Reprodução
 
 
Foi eleito deputado estadual em 1986, pelo extinto PFL, representando os fazendeiros. Muitas vezes foi acusado de pertencer À UDR (União Democrática Ruralista), entidade então presidida em nível nacional pelo atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e em nível estadual, pelo advogado João Branco. A entidade foi acusada de participação na morte do sindicalista Chico Mendes, em 1988.
João Tezza sempre negou envolvimento com o crime e também salientava que uma das causas de ter fugido do Paraná para o Acre, nos anos de 1970, recém-formado em Direito, foram perseguições da ditadura militar. Tezza dizia ter ajudado inclusive comunistas que viviam em clandestinidade durante a ditadura militar.
Ao sair da vida pública, voltou a ser advogado. Eloquente, acabou se envolvendo em polêmicas com magistrados locais e chegou a ser preso e a usar tornezeleira eletrônica e depois em prisão domiciliar. Seus familiares decidiram então retirá-lo do Acre. Joaõ Tezza era viúvo da médica Marly Tezza, falecida de câncer, nos anos 90. Deixa o filho Joãozinho, a filha Ana Rosa e netos.