A nota informava inicialmente que “um detento que dividia a cela com Oceu relatou que, quando acordou, deparou-se com o colega caído no chão, desacordado, e chamou um policial.”
Em outro trecho da nota, o Iapen informou que “o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para prestar socorro ao detento, mas só pode atestar o óbito. Não foram encontrados sinais de violência no preso. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado e o Iapen aguarda o laudo pericial”.


Delegado Cristiano Bastos, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)/Foto: ContilNet
No entanto, em entrevista na manhã desta quarta-feira, o delegado Cristiano Bastos, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que acompanhou a perícia criminal, afirmou que havia sim marca de lesão frontal e na lateral na cabeça.
Com essa afirmativa, o crime deixa de ser morte natural, como informou o Iapen, e passa a ser investigado como um homicídio, ou uma possível “queima de arquivo”, tendo em vista que Oceu foi testemunha da chacina no presídio Antônio Amaro.
O detento estava com outro preso na cela, identificado como André Saldanha, que ficou calado ao ser interrogado pela polícia ao ser encaminhado para a Delegacia de Flagrantes (Defla), onde será lavrado o flagrante e ficará novamente à disposição da justiça.