Milicianos se uniram a políticos e pistoleiros para prática de crimes contra à floresta no Acre, diz CNJ

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), obtido pela Revista Veja, mostrou que traficantes e milicianos se uniram a políticos corruptos e pistoleiros para praticar crimes em áreas protegidas Acre.

A investigação do CNJ descobriu uma espécie de holdings do crime na floresta. O trabalho foi realizado pelo conselho em parceria com a Associação de Magistrados do Brasil e com a Associação Brasileira de Jurimetria.

De acordo com a Veja, a partir do teor do relatório, foi possível identificar que uma única organização, por exemplo, consegue lucrar contrabandeando madeira, drogas e ouro do garimpo ilegal.

“É o caso de uma organização criminosa encontrada no garimpo denominado Serra do Caldeirão, na fronteira com a Bolívia, em processo do Mato Grosso. Também há relatos de garimpeiros que utilizam as aeronaves também para drogas. O que demonstra que a relação entre crimes ambientais e tráfico de drogas está muito mais forte e ligada do que se pensou anteriormente, sendo que esse modus operandi criminoso está perpassando vários estados do Norte do país. A cadeira de corrupção de agentes públicos para crimes ambientais também abre margem para a corrupção em favor de outros crimes mais graves”, diz o relatório do CNJ.

A prática deverá ser debatida nas discussões da COP 30, que será realizada no Pará. Agora, o CNJ quer identificar os cabeças dessas organizações e os clientes que dela se beneficiam nessa grande engrenagem  criminosa.

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